Por Juliana da Silva
Em entrevista exclusiva, Tomás Chiaverini, fala sobre as questões referentes as novas mídias e movimentos sociais. Ele foi repórter da Folha de São Paulo e tem colaborado para publicações diversas, em especial para a revista Piauí. O jornalista e autor dos livros-reportagens “Cama de Comento” (Ediouro-2007) e “Festa Infinita” (Ediouro-2009), Chiaverini atualmente é editor-chefe do programa Roda Vida, da Tv Cultura.

Deadline - Como foi o processo para chegar até os Mídias Ninjas?
Tomás Chiaverini – Não foi difícil chegar até eles. Foi fácil, eu mandei uma mensagem por
facebook, via inbox, no próprio perfil deles. O assessor deles me respondeu, me
passou seu telefone e começamos a conversar, Tudo começou pelo facebook.
Deadline - Foi difícil falar com o Capilé, como ele é, a pessoa?
T.C – Ele é um cara sensível, é difícil, por que o
Roda Vida é um programa que tem muito prestígio, então, pra gente é mais fácil
falar com as pessoas, por que as pessoas tem o interesse em falar para o nosso
programa.
Pra gente, o Roda Vida, não foi difícil. Eu comecei a falar
com o Felipe, que é assessor de imprensa. Conversei muito pouco com o Bruno
Torurra e com o Pablo Capilé. O Torturra era da TRIP, ele já participou do
programa como “twitero”, enfim, não foi difícil.
Deadline - Para os dois, Torturra e Capilé como foram à reação deles em
falar sobre o que eles fazem em uma emissora de TV?
Deadline - E para você, qual sua opinião sobre os Mídias Ninjas
e outros, como o Black Bloc?
T.C – São coisas diferentes, o mídia ninja, é um
experiência interessante que aconteceu em um momento específico com algo muito
especifico. Enquanto você estava na rua, com o seu celular,
filmando e transmitindo ao vivo o que estava acontecendo, algo muito
interessante.
Acho que o desafio deles agora, fora a questão sobre o Fora
do Eixo, será o Mídia Ninja como veículo de imprensa mesmo, vai ser conseguir
sobreviver num Estado de quase exceção, que era o que estava acontecendo no
meio das manifestações. Era muito propício aquela coisa de manifestações, a
imprensa estava com a dificuldade de cobrir, então era muito propício para eles
abrirem uma câmera e filmar e transmitir ao vivo. Eu acho que agora temos que
esperar pra ver o que vai acontecer daqui pra frente.
Os Black Bloc, não conheço muito, mas pelo que eu li na
imprensa, eles, independentemente de ideologia que têm, atrapalharam
as manifestações, por que criaram um clima de insegurança que afastou as
pessoas e diminuiu o tanto de gente nas ruas.
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