segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Oportunidade e Experiência

Por Guilherme Guerra Galon

Explorar o desconhecido é sempre associado à incerteza, expectativa, e principalmente medo. É assim que se pode analisar o caso do Primeiro Emprego, onde jovens que normalmente só receberam a base teórica passam a conhecer uma nova rotina e um novo ambiente de vida, passam a ver como é que as engrenagens profissionais são operadas.

Segundo dados oficiais do IBGE de 2010, aproximadamente 60% de trabalho juvenil ainda são necessário para complementar muitas rendas familiares apertadas. A mão de obra de jovens então se torna necessária para auxiliar nas despesas domésticas com empregos com características distantes de seus ideais. Desta forma o “primeiro emprego” muitas vezes não necessita de formação específica e não é relacionado com a formação universitária do jovem.

O IBGE estima que até o final de 2012 a população jovem do Brasil, entre 18 e 24 anos, reduza para pouco mais de 21 milhões. Os dados atualizados também mostram uma redução do jovem no mercado do trabalho. Entre os principais fatores para a diminuição desta faixa etária no emprego formal, é continuidade nos estudos após o ensino médio, que impossibilita a rotina diária do trabalho. Porem, na mesma pesquisa, aproximadamente 17% dos jovens, apenas, se dizem satisfeitos com o salario recebido, que em média é de 1 a 2 salários mínimos.  

Para debater o assunto, foram entrevistados os professores José Turiani, de Mercadologia, e Alexandre Fillietaz, de Comunicação Comparada e Corporativa, ambos das Faculdades integradas Rio Branco, confira as analises:

1 - Oportunidade e Interesse

José Luiz Turiani

      Turiani: “Um jovem recém-formado costuma encontrar diversas propostas de trabalho, no entanto o que tenho percebido com estes jovens é que o salário esta um pouco abaixo do esperado. As empresas, mesmo com a captação máxima em termo de pessoas e alta produção, não estão remunerando corretamente, devidamente os jovens recém- formados, este é o principal problema observado.”

Fillietaz: “A gente tem que pensar no seguinte aspecto, existe muita oportunidade e tem pessoas que conseguem aproveitar as melhores oportunidades, e isso esta ligado mais a uma postura pessoal do que propriamente ao mercado, é claro que todos não conseguirão encontrar a vaga dos seus sonhos, é uma realidade e até uma lei natural. A pessoa tende ir delimitando o que ela quer fazer e fazer uma aproximação das empresas que ela quer trabalhar, o que muitas vezes não é feito. Entrou na vaga, esta aprendendo,esta adquirindo conhecimento, ótimo, por que a partir do momento que estiver preparada e com conhecimento, ela poderá candidatar-se a vaga dos seus sonhos. ”


2 - Jovens se dizem despreparados: teoria ou prática?

Turiani: “Sempre aconteceu, por que a faculdade teve uma função de formação generalista, para que a pessoa consiga ter uma base teórica para depois atuar no emprego. O estágio é totalmente importante para que o aluno já comece a ter o primeiro contato e usar aquilo que esta aprendendo, é perfeitamente normal dizer que o jovem tem medo e ansiedade por que ele vai enfrentar uma coisa nova, novos hábitos. A empresa também tende estar preparada para mostrar ao jovem esta nova cultura, inclusive buscar nele conhecimentos teóricos para que ele produza para essa empresa. A faculdade é um dos períodos de formação do individuo.”

Fillietaz: “O ambiente acadêmico prepara o aluno com conteúdo, e algumas atividades praticas, mas com foco acadêmico. O primeiro emprego é realmente difícil, porque a pessoa esta saindo de um ambiente em que ela esta acostumada, e entrando em um novo ambiente que é organizacional, com outras regras, então é natural que o aluno se sinta despreparado. O primeiro emprego vai se uma nova experiência, e é a partir dele que se vai entendendo como funciona e dando mais valor ao conhecimento que ele pode adquirir nos cursos.”

3 - Principais condições influentes na escolha

Turiani: “As melhores empresas buscam as pessoas que tenham formação adequada ao cargo assim como o perfil, que envolve o caráter, ética, moral. Alguns jovens empregados que não tem tanta “bagagem” teórica, mais tem aquilo que chamamos de caráter, com dedicação, garra, que batalha, veste a camisa da empresa, tem grandes chances de se destacar dentro hierarquia da empresa.”

Fillietaz: “Tem empresa que não sabe receber bem estagiário por que não fez programa de estágio. Tem outras que fazem um programa de estagiários, que fazem recepção, dão orientação do que é um ambiente profissional, desenvolvem e aproveitam as pessoas que se adaptarem a empresa. Sempre procure o um coordenador de estágios, porque no ambiente acadêmico ele é que tem esta função, e os alunos podem procurar os professores também.”

4 - Tecnologia é uma realidade na escolha do jovem?                         

Turiani: “O jovem empregado, o recém-formado tende saber navegar entre todas as novas tecnologias, saber usá-las, não precisando ser expert, mais as principais que estão na moda, ele deve conhecer, não tem volta, e ponto.”

Alexandre Fillietaz
Fillietaz: “Hoje não tem como você trabalhar sem conhecer as novas tecnologias informacionais das comunicações. As pessoas que queiram trabalhar no mercado de comunicação precisam ter intimidade com estes equipamentos , tecnologia de softwares, por que é o meio que a pessoa vai usar para se comunicar, não tem como fugir, além de ter um profundo conhecimento em política, economia e finanças, manter-se atualizado, saber conversar.”

Vivendo e aprendendo* a trabalhar

Por Lígia Marques e Natália Ramacciotti

Você acha que está preparado para se tornar profissional?



O mercado de trabalho para o jovem está cada vez mais competitivo e difícil. Lidar com a inserção no mercado não é uma tarefa fácil, o jovem, que vive em uma zona de conforto, se vê em uma zona de insegurança e medo

O candidato tem que dispor de algumas qualidades e qualificações para conquistar seu espaço no mercado de trabalho.

Algumas dessas qualificações são ofertadas pelo governo, por exemplo, nas ETECs e no SENAI. Há uma dificuldade em se inscrever, pelo número escasso de vagas.

Nós, do blog Deadline, e alunos de Jornalismo, já passamos por experiências de recrutamento profissional. Em geral, para vagas de estágio, é realizado um processo seletivo baseado no currículo e em testes online de português, lógica e inglês. Se selecionado, o candidato passa para a etapa presencial em que são realizadas dinâmicas em grupo, etapas de painel e entrevistas individuais.

Segundo a psicóloga e socióloga, Silvia Rennar, o perfil exigido pelas empresas varia de acordo com a profissão buscada, a seleção ocorre por meio de técnicas e teorias próprias. Em geral, dão preferência por quem gosta de estudar, se manter atualizado e por pessoas que possuem características como: paciência, curiosidade e altruísmo.
“O jovem traz ideias e contribuições novas, o que o faz ser sempre bem-vindo”, disse Silvia. Ainda segundo ela, os recrutadores também analisam as mídias sociais que o jovem participa, como Facebook e Linkedin.

Leticia Oliveira, estudante de Rádio e TV, diz se preocupar com o que posta nas redes sociais. Em seu antigo trabalho, Letícia disse que seu chefe verificava seu Facebook diariamente, pois ela também divulgava a empresa.


Jovem Empreendedor

A busca pela independência é um dos objetivos que levam os jovens a se aventurarem, criando e investindo em novos comércios e ideias.
Segundo a Data Popular, o Brasil tem cerca de 1,5 milhão de jovens empreendedores, com idade entre 16 e 24 anos.

Marcos Ramacciotii, 59, abriu sua primeira empresa, TekPlas, aos 18 anos. “O motivo que me levou a começar o negócio é que sempre gostei de empreender. Eu juntei capital para abrir a empresa trabalhando em uma administradora.”.
Segundo Marcos, é necessário focar e ser determinado no negócio que se pretende abrir: “A palavra principal de um empreendedor é ATITUDE.”.

Pedro Henrique Freitas Rocha, 19, tem o sonho de começar seu próprio negócio, uma empresa do ramo alimentício, doceria ou padaria. “Escolhi isso para minha vida, pois gosto de mexer com a culinária e não por razões financeiras. Recebi apoio de meus amigos e familiares, eles querem simplesmente que eu faça aquilo que gosto, o que me faz feliz.”
Pedro é técnico em contabilidade, e trabalhou na área. Hoje em dia é corretor de imóveis e comercializa doces e bolos para festas.


Fonte: Pesquisa Data Popular realizada em todos os estados brasileiros com 2.006 pessoas no segundo trimestre de 2012.



segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A Atenção dos Homens

Por Guilherme Guerra Galon

Olhos maquiados e cabelos brilhantes atraem atenção masculina

Seja para o bem estar individual ou para se exibir pelos lugares, a moda feminina procura realçar o físico e traços fisionômicos, como cílios, sobrancelhas, lábios, franja e unhas. É, portanto, uma arte que procura o caminho da beleza ideal, que aperfeiçoa a imagem da mulher, e, consequentemente, a atração e a atenção masculina.

Foto: divulgação

Moda é a tendência de consumo da atualidade. A palavra moda significa costume e provém do latim modus. É composta de diversos estilos que podem ter sido influenciados sob vários aspectos. Acompanha o vestuário e o tempo, que se integra ao simples uso das roupas no dia-a-dia. É uma forma passageira e facilmente mutável de se comportar e, sobretudo de se vestir ou pentear.


A moda feminina pós-moderna é caracterizada por ser mais casual que antigamente, o que teve como consequência a falta de fronteira social e a semelhança com a masculina, já que em tempos modernos a falta de singularidade de gênero na moda é uma tendência mais que confirmada.

Porém, em sua maioria, as mulheres dizem observar uma produção sempre mais completa que homens, elas são muito mais apegadas em maquiagem e limpezas de pele que os homens, também por existir uma grande rejeição no universo masculino à homens que declaram interesses nestes assuntos.

O fato da moda moderna ter se tornado teoricamente mais homogênea (unissex), cria a possibilidade de unir os sexos em
 torno do mesmo assunto. Pode-se afirmar que o surgimento da calça jeans foi um marco para a realidade homogênea da moda, pois ela é um estilo absoluto para qualquer gênero, e hoje em dia, idade.

Em que os homens se sentem mais atraídos na moda feminina?
Esta pergunta foi feita a três homens, fique por dentro do que responderam:

- O estudante de direito Marcelo Couto, 22 anos, afirmou reparar no cabelo da mulher, por ele atrair muito e ter destaque na estética feminina. Pessoalmente gosta mais de cabelos loiros e nem muito curtos, nem cumpridos, disse não gostar de franjas, chapinha cabelos cacheados.

“Marcelo desaprova o uso de brincos, pois acha que eles “exageram”, e, portanto “são irrelevantes”, aprova maquiagem, principalmente nos olhos, utilizando sombras e até cílios postiços, declarando que tais estilos são "o segredo da sedução, olhos bem realçado”.
O estudante também destacou que reprova a utilização de pulseiras pop´s feitas de plástico alegando que elas parecem “um material reciclado, que não combina com a pele das pessoas ”, afirmou achar elegante uma mulher com colar de perolas.
Em relação as roupas, Marcelo afirmou que vê na maneira de se vestir da mulher um estilo mais independente, sendo que antigamente as mulheres utilizavam vestidos muito parecidos uma das outras, e hoje elas querem se diferenciar cada vez mais em mínimos detalhes.                                             

- O vendedor Magno de Freitas, de 47 anos, cooperou com a opinião do primeiro entrevistado quanto ao cabelo, “ele realça a beleza com o brilho” afirmou. Disse preferir mais os cabelos morenos, e também concordou que franjas e cabelos cacheados não o atraem.
   “Magno aprova brincos, afirmou que a região dos olhos é extremamente influente, “os cílios realçam e dão vida aos olhos”. Desaprova pulseiras e acredita que a combinação de roupas com o colar fortalece muito a fisionomia feminina, sendo um “conjunto”. Também comentou que, em termo das roupas, acha que as mulheres gostam das mais decotadas por que realçam a forma física, sendo que atualmente a preocupação com um corpo definido tornou-se geral para todas as idades.

- O engenheiro Marcos Neto, de 63 anos, também acha os cabelos muito chamativos e atraentes, aprova brincos e acha que a mulher sempre deve se maquiar, sendo esta uma “habilidade especial”.
Marcos acha que jóias mais simples são elegantes, e tornam as mulheres "finas".Neto também diz reparar que as mulheres se apegaram a cores mais escuras e tem uma postura mais independente que antes, o que parece traduzir na moda a independência social. 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Caso Royal abre debate a respeito da experimentação animal

Por Juliana da Silva, Ligia Lotério e Natalia Ramacciotti
Na madrugada do dia 18 de outubro o Instituto Royal, centro de pesquisa farmacológica localizado em São Roque (SP), foi invadido por manifestantes que retiraram 178 cães, da raça Beagle, do local. Segundo os ativistas, os animais se encontravam em péssimas condições de higiene e saúde, no entanto, o Instituto é regulamentado pelo Concea, Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, recebendo até mesmo investimento público.


Um dos Beagles do Instituto Royal.
Foto: Cristiano Novais/Folhapress
Este fato abriu o debate, há muito tempo esquecido, sobre o uso de animais vivos em pesquisas em prol de vidas humanas. O que resultou em diversas ações, como a ocorrida dia 24, na qual ativistas invadiram e filmaram uma aula prática de medicina em uma universidade paulista, em que foram realizadas traqueostomias em porcos anestesiados.

A legislação brasileira permite o uso de animais para fins científicos e didáticos, desde que os cientistas forneçam as melhores condições possíveis aos bichos. “Os testes com animais são permitidos somente quando não existem métodos alternativos. É a lei federal 11.794/08 que regulamenta isso.”, disse a advogada Sandra Limande, integrante da comissão de Defesa e Proteção dos Animais, que atua como jurista voluntária no Instituto Nina Rosa, o qual produz material para a ampliação da consciência humanitária.

Os métodos alternativos mais comuns são ovos de galinha embrionados, pele artificial, além de experiências com células tronco. Alguns países vêm buscando métodos inovadores para realizar pesquisas, substituindo o uso de animais e reduzindo os custos em até 70%. Além disso, alguns pesquisadores defendem métodos alternativos, pois alegam que não se podem recriar certas patologias em animais, como o autismo, o que interfere no processo de estudo.

As indústrias farmacêuticas se pronunciaram sobre a utilização da pesquisa animal em suas dependências enquanto muitos blogs e sites disponibilizam listas sobre empresas que são adeptas a esta prática, a fim de influenciar na decisão do consumidor. “Em minha opinião, o assunto é muito mais complexo do que a utilização ou não de animais, ele atinge todas as nossas atitudes e decisões de consumo”, disse Limande.
O que está em pauta é a legalização da prática, que é considerada pela maioria dos cientistas como essencial ao desenvolvimento humano.



Fique por dentro da lei

Por Guilherme Guerra Galon

As primeiras regulamentações para atividades de pesquisas com animais datam do governo Vargas, quando foi determinado pelo Decreto nº 24.645, de 1934, que “todos os animais existentes no país são tutelados pelo Estado”.
O decreto considerava como maus tratos aos animais, por exemplo: “golpear, ferir ou mutilar voluntariamente, qualquer órgão ou tecido de economia, exceto a castração, só para animais domésticos, ou operações outras praticadas em benefício exclusivo do animal e as exigidas para defesa do homem, ou no interesse da ciência”.

Dentre outras datas importantes relacionadas ao assunto estão:

-1979, foi publicada a lei 6.638, que estabelecia normas para a prática didático-cientifica de vivissecção de animais: “O animal só poderá ser submetido às intervenções recomendadas nos protocolos das experiências que constituem a pesquisa ou os programas de aprendizado cirúrgico quando, durante ou após a vivissecção, receber cuidados especiais” (art.nº4); esta lei foi revogada em 2008.

-1988, Capítulo VI do meio ambiente da Constituição da República Federativa, foi determinado “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade”.

-2008, a lei n° 11.794, intitulada como Lei Arouca, determinava que “A criação e a utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica, em todo o território nacional, obedece aos critérios estabelecidos nesta lei”.

A lei ainda estabeleceu a criação do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal – CONCEA. Destacam-se dentre as suas competências a formulação de normas relativas à utilização humanitária de animais com finalidade de ensino e pesquisa científica, bem como estabelecer procedimentos para instalação e funcionamento de centros de criação, de biotérios e de laboratórios de experimentação animal.


Opinião em foco

Entrevista concedida por estudantes das Faculdades Integradas
 Rio Branco, campus Lapa, para o blog DeadlineFRB.


ATUALIZADO: Faculdades desistem de usar animais vivos em cursos de medicina.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Passarela Masculina

Por Juliana da Silva, Lígia Marques e Natalia Ramacciotti.

A moda masculina tem se modificado ao decorrer dos anos, do clássico colete, terno, gravata dos anos 30 até as calças skinnys dos anos 2000.

A partir da década 40, o visual masculino se simplificou graças a escassez causada pela guerra.
Elvis Presley,  ícone da década de 50.
A década de 50 trouxe estereótipos como Marlon Brando e Elvis Presley, ícones que transmitiam rebeldia ao deixar de lado o visual empacotado e aderir à jaqueta de couro e a calça jeans.
Nos anos 60, o fenômeno do cabelo tigelinha, sapatos de bico fino e gravatas estreitas se propagou por todo o mundo. Esta mesma década também foi palco para o movimento Hippie, marcado pelo festival de Woodstock, em que se pôde notar o uso de batas, colares e anéis.
Os anos 70 e 80 foram marcados pelo surgimento dos punks e glams. Os punks remetiam aos antigos rockeiros e os glams ao estilo exagerado, como ternos brancos e peito a mostra.
Os Grunges surgiram nos anos 90, com o estilo “não ligo para roupas” e fizeram sucesso com camisetas de flanela e calças largas.

A partir dos anos 2000, a moda masculina se tornou mais justa, literalmente. Ternos e calças no formato fit invadiram as ruas.Hoje é notável a mistura do formal com o informal. Blazers, gravatas e camisas sociais completam looks de roupas modernas e coloridas.
As camisetas passam a ser mais apertadas e muitas cultuam ideias, culturas e ídolos, como bandas das gerações passadas.

Estilos 

O mundo da moda é atualizado constantemente com novas tendências. Entretanto o cenário fashion carrega uma diversidade de estilos, relacionados à personalidade de cada pessoa.
O skatista Bob Burnquist
Eric Nunes, aluno de Comunicação Social é adepto ao estilo skatista, inspirado em visual como o do cantor Chorão e de Bob Burnquist, e afirma que as marcas famosas dos Estados Unidos fazem sucesso com as mulheres: “Depende de quem você quer agradar, em uma festa você vai conseguir atrair as mulheres usando roupa de marca, como Hollister”.
Já Natan Rodrigues, aluno de Jornalismo, tem o estilo mais rockeiro e é adepto ao uso de munhequeira e camisetas de banda: “Eu gosto dos rockeiros dos anos 80, eu me inspiro bastante e admiro James Hetfield, vocalista do Metallica e Tony Iommi, guitarrista do Black Sabbath”.


Olhar Feminino

Fernanda de Lima, 20, percebe uma tendência de roupas mais justas nos homens, remetendo até  mesmo a um estereótipo feminino. Paulinho Vilhena, David Beckham e Johnny Depp foram citados como homens que se vestem bem e chamam a atenção do público feminino. O uso de roupas de marca não foi citado pelas mulheres como artigo essencial. “As roupas devem se adequar e refletir a personalidade da pessoa, isto é o mais importante”, disse Larissa Grégio, 26.
Johnny Depp
Paulinho Vilhena

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A História Se Repete

Vinte centavos ou vinte réis? A história se repete.
Por Ligia Lotério
Com 120 anos de diferença, protestos populares pedem a diminuição nas tarifas de transporte público.
Mais de cinco mil pessoas se uniram em frente do campo São Cristóvão, lideradas pelo jornalista Lopes Trovão, na cidade do Rio de Janeiro, para protestar contra o imposto de 20 réis sobre todos os passageiros que usam o transporte público na cidade.


Após a fracassada tentativa de conciliação por meio do Estado, dois pelotões do Exército invadiram o Largo São Cristovão. Estes foram aplaudidos por parte dos cidadãos ao mesmo tempo em que eram atacados pelos vandalos, provocando a fúria por parte do tenente-coronel Antônio Enéias Gustavo. 


As estatísticas de mortos e feridos são imprecisas, mas acredita-se que a ordem de fogo resultou em mais 10 mortos e 15 feridos.


Um grupo de pessoas se une para lutar contra o aumento da passagem do bonde, ou seria do ônibus? O Exército ataca violentamente os manifestantes, ou seria a polícia? Vinte centavos ou vinte réis?
Coincidências a parte, estas informações foram veiculadas no dia primeiro de janeiro de 1880, época que marcou o Brasil pela série de protestos conhecidos como a Revolta do Vintém, os quais pediam ao imperador D. Pedro II que revogasse a taxa de 20 réis, um vintém, sobre o transporte urbano, na época bondes puxados a burro.
Um paralelo pode ser traçado com os fatos deste ano, quando o Movimento Passe Livre, principal responsável por organizar as manifestações por meio das redes sociais, reuniu mais de 12 mil pessoas para protestar contra o aumento de vinte centavos na passagem do transporte coletivo, inciando assim, uma onda de protestos e reflexões sobre os problemas do país.
A frase "O gigante acordou!" foi o lema dos protestos deste ano, os quais, certamente, serão estudados nas aulas de história das próximas gerações, assim como a revolta ocorrida em 1880. Analisando ciclicidade da história, teoria desenvolvida por Maquiavel, pode-se refletir sobre os diversos acontecimentos "reprisados" e suas consequências atuais e futuras. Nisto, apenas há uma pergunta que não foi respondida:
Afinal, quantas vezes este gigante já dormiu?


As Novas Mídias Sociais

Por Guilherme Guerra Galon
O surgimento da tecnologia virtual foi um marco da história terrestre que revolucionou a existência humana, sendo a tecnologia a chave para um novo padrão de organização das funções e projeções do ser humano. A medida que tecnologia se desenvolve, ela vai se tornando mais influente em escala global, e deixando obsoleto esforços físicos e psicológicos da sociedade.
As midias globais chegaram a um ponto de se tornarem ferramenta de comunicação e conspiração popular, onde as autoridades não conseguem se infiltrar e conter seus assuntos abordados.


Para debater sobre esta realidade, foi entrevistado o Professor João Gomes da Silva, formado em História e Sociologia pela PUC e Universidade Paulista, respectivamente. Atualmente, é professor de História e Sociologia do Ensino Médio do grupo Mackenzie:

Deadline - O senhor considera as novas mídias sociais, como a Mídia NINJA, Fora do Eixo, Black Bloc e Anonymous algo digno de ser chamado de Jornalismo?
João Gomes da Silva- São diferentes. O jornalista não pode prescindir do Facebook, Twitter, destas ferramentas que são colocadas para comunicação, afinal de contas, vivemos em uma aldeia global, e essas ferramentas nos conectam com o mundo, então, a medida que isto facilita o trabalho do jornalista, ele não só deve utilizar como não ter preconceito, pensando em utilizar essas mídias para a agilização da informação, é importante, eu acho necessário.


Deadline - Quais são as perspectivas que o senhor vê para este tipo de mídia?
JGSAs novas gerações, que estão na universidade ou entrado para uma, viveram o “Boom” desse tipo de comunicação, então essas ferramentas virtuais fazem parte da vida destes alunos.Se perguntam se essas mídias vão pegar, eu acho que já pegaram, já são uma realidade, e são milhões de pessoas que acessam. Por essas mídias você vende coisas, compra coisas, organiza movimentos para discutir questões da sociedade, questão da falta de transparência dos políticos, a questão da corrupção, então estas mídias já estão na realidade de todo mundo, principalmente do jornalista, precisa fazer.

Deadline- Se relacionar esta liberdade virtual com os tempos de ditadura, por exemplo, quais as mudanças que poderiam ocorrer e as medidas que seriam estabelecidas?
JGS- Na minha época, principalmente na década de 60, vivemos um período das populações, das pessoas com consciência sentindo na pele as dificuldades, e indo pra rua lutar por Estado de direito, não- violência, mais educação, mais saúde, mas acho que é um outro tipo de configuração. Como seria isso hoje? Eu imagino que seria melhor usado, por conta do nível de consciência, das populações de jovens que iam para rua, eles queriam mudar a estrutura e a realidade, eles queriam construir um outro mundo, um novo jeito de ser. Não sei se  hoje queremos construir um novo mundo, ou fazer uma caiação deste que já esta ai.

Deadline- Como o senhor vê a quebra de fronteiras, a informação caminhando livremente em escala global por essas novas mídias?
JGS- Eu acho que o que é importante dessas mídias é este lado de você não controlar, ou você poder controlar pouco., particularmente eu acho que a mentira vai fazer parte do jornal, do radio, da televisão, e faz muito mais parte deste “ cavalo sem freio” que é a internet, que são estas mídias virtuais, eu acho que isso é que é legal, você não ter controle sobre isso, é bom porque facilita a comunicação, ela fica muito mais fluida, muito mais rápida, por que se alguém mente, dois lados vão mentir, e a mentira esta nesse tipo de informação porque, principalmente no envolvimento de conflitos, guerras, guerras econômicas, da dos dois lados. Então, eu imagino, a internet é esse veículo interessantíssimo de comunicação e só é tão fascinante por ser difícil de controlar, senão seria igual o rádio, igual a televisão. Todos os veículos de informação tem a sua dose de hipocrisia, que eu acho fazer parte do mundo contemporâneo, pós- moderno.

Deadline- Para encerar, estabeleça um parâmetro entre o antes/depois do surgimento das novas mídias, destacando seus lados positivos e negativos:
JGS- no século XIX, que é o século que as coisas acontecem, se tem a segunda revolução industrial, ai, no começo de século XX se tem a terceira revolução industrial, ai o rádio, que é uma revolução na década de 20, a televisão, os jornais que já existem desde sempre, mais o telefone no século XIX, a gente tinha um tipo de comunicação que era analógica, ai se deu um salto para um tipo de informação digital, isso muda as perspectivas, então lugares que não eram atingidos pela informação passam a ser atingidos. Se pensar na medicina, que alguém pode fazer uma cirurgia de alguém que está no Japão, comandando através da maquina e assim por diante, isso é fascinante, e eu acho que isso é jornalismo, o que se faz hoje é jornalismo, é necessário utilizar todas essas mídias para poder fazer o jornalismo de hoje, onde não se concebe mais o jornalista com a sua pranchetinha e mais nada.